domingo, 27 de maio de 2012

O Mundo nas telas de um brasileiro

Waldemar Marangoni Júnior 

Nasceu em São Paulo em 1972, e desde menino demonstrou interesse por desenho, já mostrando grande habilidade com formas e proporções. Incentivado pela mãe começou a pintar aos 9 anos, e não parou mais, evidenciando, através de suas aptidões e interesses as diretrizes de seu destino: a pintura.

Passados alguns anos de pintura autodidata, em 1987, inicia seus estudos com o pintor Renato Pinto e em seqüência abre seu próprio atelier, começa a dar aulas, passando a ter seus próprios alunos. 

No no de 2005, passa a estudar com o pintor Sérgio Longo, onde mergulha de cabeça na arte contemporânea. 
Marangoní segue a linha por certo tempo, até se deparar com a necessidade de romper barreiras e buscar novas linhas. Utilizando uma preferência pessoal, começa a fazer estudos com a arquitetura, mais especificamente a greco-romana. Um artista em ascensão indiferente a modismo,sua obra demonstra toda sua autenticidade, suas técnicas e cores revelam seu dom e amor pela arte.


Seguindo um caminho natural, sua arte amadurece, e o desafio técnico e sua relação visceral com as tintas e a tela o leva a outros desafios. Após passar por vários momentos, linguagens e estilos, encontra nas suas visões urbanas um assunto que pode desenvolver dentro de uma técnica balizada pelo seu conhecimento acadêmico, como conceitos de luz e sombra e diálogo entre as cores, com a pesquisa autodidata desde o primeiro contato com a pintura. "Mais do que discutir a arte, o artista necessita ter um envolvimento com aquilo que faz principalmente no aspecto de buscar um aprimoramento técnico e uma linha de trabalho que o satisfaça enquanto pesquisa estética". - diz Marangoní.

As visões urbanas estão caracterizadas por um fazer técnico que leva em conta princípios de arquitetura, como perspectiva e continuidade das linhas, mas, progressivamente,existe um processo de desconstrução daquilo considerado bem feito. O universo urbano, nesse processo de construção e desconstrução de imagens, pouco a pouco, perde seu referencial mais direto e se torna um local impessoal e universal. O que começa a ser ressaltado é a pincelada em si mesma e a técnica. Gradualmente, a preocupação deixa de ser o que se pinta para ser como se pinta. Esse é o grande passo de um criador: o artista começa a mergulhar mais e melhor nas formas que encontra de desenvolver um assunto e uma técnica. 


Marangoní, com suas Abstrações urbanas, atinge um resultado plástico instigante. Cada nova imagem é um processo de consolidação de sua pintura no mundo e sua afirmação para estabelecer sua própria linguagem, lírica nos seus melhores momentos, abstrata, no sentido de colocar questões, e urbana por ter nos edifícios e na cidade o assunto que estimula a sua matriz criadora. 


 

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