quinta-feira, 27 de setembro de 2012

O sonho de um índio


Hoje fiquei emocionada ao assistir a uma entrevista feita por Ana Maria Braga ao índio Yuri Maizon no programa Mais Você. Yuri foi levado ao programa por ter participado do reality show The Voice. Apesar da plateia aplaudir de pé a interpretação do cantor, ele não foi escolhido pelos técnicos na estreia do The Voice Brasil, no último domingo, 23/09. Ele relata a sua experiência de forma simples e despretenciosa, relembrando como teve início o sonho de cantar.
Yuri mostrou a todos que o assistiram no Mais Você que sonho e perseverança andam juntos, pois já aos 3 anos de idade ele sonhava em ser cantor. Mesmo morando na pequena Aldeia Jatobá, em Tangará da Serra, a muitos kilômetros distante da cidade grande, sem acesso à televisão, ele ouvia música no rádio. O pequeno índio sonhou que um dia também poderia cantar.
Ele sabia o caminho, convenceu a sua família a ir em busca do "seu" sonho. Foram morar na cidade grande. Lá ele estudou até o ensino médio, foi ajudante de pedreiro e garçom num bar onde tudo começou. Ele já participou de vários festivais de música, fez amigos por onde passou.
 
Pensei nas dificuldades que ele deve ter passado tendo que aprender outros costumes longe da tribo, mas não desistiu. Aprendeu, venceu preconceitos e voltou para o seu povo levando consigo um amor. Na cidade conheceu a mulher por quem se apaixonou. Mostrou-se bom pai e ótimo filho ao falar do seu pai com emoção e gratidão. Em tão pouco tempo de entrevista ele mostrou, com toda a sua simplicidade de índio, todos os seus valores.
Venceu os próprios medos, desafiou os preconceitos, subestimou as dificuldades e nos mostrou onde um sonho pode nos levar, pois estar entre os candidatos participantes do The Voice já é uma grande conquista. O resto só o tempo dirá.
Meus aplausos para a sua coragem e determinação, faço parte da torcida para que ele realize o tão almejado sonho. Que o seu exemplo contagie a todos, pois não existem sonhos impossíveis.



 

Um comentário:

  1. conheço esse garoto desde os 9 anos de idade dele, pouco falava o português e cantava, no pateo da aldeia, músicas de chitãozinho e xororo que faziam muito sucesso na época.

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