sexta-feira, 8 de março de 2013

"Não se nasce mulher: torna-se".

"Você cresce não tem mais bochechas fofas, não é mais a queridinha da vovó, não é mais a princesinha do papai e até o pobre do bicho papão te abandona. Você perde os amigos imaginários, não vive mais cercada de pessoas que sorriem pra você, que querem te mimar e fazer suas vontades. Você não pode mais, simplesmente chorar, pra não ir à escola, nem ser mau educada ou dar desculpas de que é muito criança pra entender que certas palavras magoam. Ninguém mais enxuga suas lágrimas e te põe pra dormir dando beijinho na testa. Você perde todas as regalias e passa a ser responsável pelo que cativou. Você não brinca mais de boneca, você não tem mais elas pra “destruir” e pintar cabelos. Todos os seus lápis de cera e brinquedos sumiram, e deram lugar a grandes e grossos livros. Você cresce, você erra, você aprende, você ganha, você perde... Hoje eu cresci, e troquei meus sonhos infantis por meninos, troquei minhas bonecas por maquiagens, troquei meus medos por conquistas, troquei meus amigos imaginários por amigos de verdade, troquei meu coração de criança por um de mulher..." 
 
E como diria  Simone de Beauvoir  "Não se nasce mulher: torna-se".

Ninguém melhor do que ela poderia dizer com tanta propriedade essa frase que sintetiza o que é ser mulher. Engajada na luta pela igualdade entre os sexos ela fazia da literatura sua arma, na tentativa de mudar as ideias preconceituosas em relação à mulher, tendo se tornado uma das escritoras mais influentes do ocidente. Suas ideias tratavam de questões ligadas à independência feminina e o papel da mulher na sociedade. Sua obra refletia também a luta feminina e as mudanças de papéis estabelecidos, assim como a participação nos movimentos sociais. O livro que melhor condensa suas experiências é “O Segundo Sexo”, uma profunda análise sobre o papel das mulheres na sociedade.
Suas obras oferecem uma visão sumamente reveladora de sua vida e de seu tempo. Escreveu romances, monografias sobre filosofia, política, sociedade, ensaios, biografias e uma autobiografia.
 
No romance “Os Madarins” (1945), Beauvoir escreveu indiretamente a biografia de sua vida com o filósofo Sartre, que conheceu em 1929 em Sorbonne, e com quem viveu um relacionamento aberto durante boa parte da vida. Tanto na vida pessoal quanto em suas obras, a escritora revela suas teses existencialistas, segundo as quais cada pessoa é responsável por si própria, e critica também os valores burgueses.
Simone de Beauvoir foi uma escritora, filósofa existencialista, e também feminista francesa, nascida em Paris, no dia 9 de janeiro de 1908, morreu na cidade em que nasceu, no dia 14 de abril de 1986. Uma mulher a frente do seu tempo, desde a adolescência tinha planos de ser uma escritora, e chegou a ser considerada uma das maiores representantes do pensamento existencialista francês.
Foi professora de filosofia até 1943 em escolas de diferentes localidades francesas. Morreu de pneumonia em Paris, aos 78 anos. Encontra-se sepultada no mesmo túmulo de seu companheiro Sartre no Cemitério de Montparnasse em Paris.

Ser mulher é isto: usar lápis de cor, se preciso for, pra colorir o mundo, e  enchê-lo de cores. Esbanjar amor, sorrir feito criança, ou chorar de emoção assistindo a um filme que lhe toca o coração. Se produzir, prontinha pra seduzir. Passar baton, subir no salto, se perfumar, se enfeitar, sem jamais se esquecer que a sua maior beleza consiste em ser justamente, do jeito que só ela sabe ser...

 
A biografia teve como fonte: Wikipédia


 

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