terça-feira, 15 de abril de 2014

Crônica de uma manhã de outono...

 
Hoje acordei bem cedinho e, ao olhar pela janela, senti uma certa nostalgia, talvez por influência do tempinho chuvoso que está fazendo aqui no Rio de Janeiro, no dia de hoje. Quem sabe não seja consequência do eclipse da lua, que ocorreu nesta madrugada, sendo eu de um signo lunar.

Antes que os afazeres e compromissos do dia me impedissem, peguei uma xícara de café bem quentinho e sentei-me na varanda para curtir o friozinho gostoso da manhã. Entre um gole e outro deixei-me levar pelos pensamentos. E, como numa viagem, fui longe... Visitei o passado..., lembrei-me de momentos e de pessoas marcantes na minha vida. Mas não quis permanecer lá... às vezes, entrar no passado pode ser perigoso..., foi só uma "visitinha". Quando comecei a sentir falta de "algumas" pessoas, resolvi voltar...

De repente, me vi no futuro. Não num futuro distante, mas num tempo "quase presente" e "quase palpável". Num tempo que embora eu não possa prever, posso visualizar, enchendo-o de sonhos e de espectativas boas...

Deixei que a mente fosse aonde quisesse, e ela resolveu voltar. Mas não sossegou, logo insistiu em lembrar dos invernos passados... Dos passados sozinha e dos passados com "alguém". Senti saudades de dormir juntinho dividindo o mesmo cobertor..., das longas conversas, daqueles chocolates quentinhos saboreados antes de dormir.

Aos poucos fui voltando, como se os afazeres tivessem pressa de serem cumpridos. Lembrei-me que ainda estamos no outono, e de que ainda faltam alguns meses para a chegada do inverno. Até lá muita coisa pode acontecer...

Fazia tempo que eu não escrevia, mas, de repente, senti uma vontade enorme de compartilhar os meus "devaneios" de um dia chuvoso com "cara" de inverno.

Talvez eu venha a escrever mais na próxima estação..., quem sabe também aproveite para ler, para tomar muitos chocolates quentes, para ficar mais em casa ou para estar com os amigos. Pode ser que até curta ter um cobertor inteirinho só pra mim..., poder dormir até mais tarde ou acordar e ficar vendo televisão.

Talvez eu tenha também muitos momentos de nostalgia, de saudades, e por quê não de "tristeza"; tudo isso faz parte da vida... Mas, aprendi com a experiência a entrar e sair do passado..., a sair ilesa.
 
Ou quase... 

Hoje, resolvi viver o presente. Aprendi a valorizar os bons momentos, e a extrair lições dos maus. E, é isso que me move: a certeza de que assim como o tempo, tudo está em constante movimento... tudo muda a todo instante... existirão sempre os dias chuvosos como o de hoje, mas os dias "ensolarados" estarão para sempre gravados na minha lembrança... e logo voltarão.
 
E como diria Cecília Meireles: "Aprendi com as primaveras a me deixar cortar e voltar sempre inteira".

           









Au revoir!
 
 
 

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