quinta-feira, 24 de abril de 2014

Escolhas e recomeços...

Um assunto recorrente aqui no blog tem sido "recomeços". Não que eu saiba todas as fórmulas, mas porque acredito que, na vida, ninguém está imune a eles.
O tema sempre me chama a atenção porque acho que todos nós estamos sempre enfrentando desafios, recomeçando e fazendo novas escolhas... Para mim, recomeçar é seguir novos rumos, é dar uma guinada na vida quando tudo vai mal..., é se abrir ao novo sem medo de errar, ir numa nova direção..., é se dar uma chance de ser feliz outra vez.

É claro que os "recomeços" não acontecem somente no terreno sentimental, já que a vida nos surpreende de várias formas, fazendo com que tenhamos que encarar alguns desafios em todas as suas áreas. Mas, sem dúvida, é nesse terreno que nos deparamos com as maiores perdas, nem sempre fáceis de superar.
Por isso, hoje, assistindo a Fátima Bernardes, fiquei atenta às questões expostas no programa: a dor da perda, a superação e as formas de recomeçar.
Diversas pessoas tiveram a oportunidade de contar a sua história, suas dificuldades e, o mais importante, a forma como elas superaram a dor da perda de um amor.
Porém, o que mais me chamou a atenção foi o caso de uma jovem senhora que perdera o marido há pouco tempo, um ano e meio mais ou menos. Com uma filhinha para criar, resolveu seguir em frente transformando a sua imensa dor num grande exemplo de superação. Hoje, ela já consegue expor os acontecimentos de forma branda, falando do marido com um sentimento de ternura, e fazendo com que ele seja lembrado pela filhinha que mal conhecera. Imagino a imensa dor que ela teve que suportar, transformando-a em força, para seguir em frente sozinha. É claro que a presença da filha tem sido um alento, mas a ausência do companheiro com o qual ela mal havia começado um casamento, com certeza, tem sido difícil de aguentar. Sua maneira de encarar os fatos me enterneceram. Diante daquela jovem mãe, que apesar de não "esquecer" a sua dor, conseguindo lidar com ela de forma surpreendente e exemplar, meus olhos lacrimejaram.
Outros casos também foram relatados durante o programa, mostrando o quanto é dificil passar por uma perda, se recompor e recomeçar. Uma psicóloga foi convidada a explicar os diferentes tipos de reações e os caminhos diversos que cada pessoa toma durante o processo doloroso da perda. Segundo ela, algumas pessoas se tornam "vítimas" indefesas do "destino", enquanto outras, levantam e seguem em frente transformando a dor em experiência... Essas pessoas, depois de algum tempo, conseguem encontrar novamente a alegria de viver.
 
Perder alguém a quem se ama é ter o coração dilacerado. A maioria de nós já passou por isso... E, nenhuma dor é menor do que a outra, o que é diferente, porém, é a forma de encará-la.
Recomeçar não é fácil para ninguém. Deixar para trás algo ou alguém a quem amamos nos deixa meio sem rumo... Mas, se isso pode servir de consolo: existe uma luz no fim do túnel... No entanto, é preciso que queiramos nos dar uma nova chance..., além de aceitarmos que a vida é o que é, que certas coisas não podem ser mudadas.
"No fim tudo dá certo..."  Frase do Fernando Sabino, que ainda acrescenta:  "Se não deu certo, é porque ainda não chegou no fim..."
 
Outra frases conhecidas como: "o tempo é o melhor remédio...", "nada como um dia após o outro...", podem soar de forma estranha na hora da dor, mas trazem suas "irrefutáveis verdades"... Com o passar do tempo, e através do "entendimento" e da "aceitação",  conseguimos enxergar um novo horizonte à nossa frente..., possibilitando a chegada de novas oportunidades, e de novos amores...
É preciso ainda, entender que a vida tem as suas "próprias" regras. Queiramos ou não, ela cumprirá as suas próprias "leis"... Aceitar que nem sempre ela é da forma como gostaríamos que fosse, já é um bom começo para transformar as desventuras que, por acaso, nos aconteçam, em experiência, é uma forma de  sabedoria...

Para concluir: "Nem sempre podemos escolher como nos sentimos, mas com certeza, podemos escolher o que fazer a respeito... "   (William Shakespeare)



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